Você sabia que as concentrações de gases de efeito estufa estão em seus níveis mais altos em 2 milhões de anos?
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as consequências disso vão muito além das mudanças climáticas, e agora incluem, escassez de água, secas intensas, declínio da biodiversidade, entre outras.
Diante disso, cada vez mais tem se falado de práticas de produção que emitem menos carbono, ou até mesmo eliminam essa emissão.
Entre os acordos e tratados criados para tentar reverter esse cenário, temos o que ficou conhecido como Protocolo de Kyoto (1997), onde deu-se início ao mercado de carbono.
Se você busca alinhar interesses econômicos ao cuidado com o planeta, continue a leitura e entenda como esse mercado funciona.
O que é o mercado de carbono?
Como citamos, em 1997 tivemos o acordo internacional no Japão durante a Conferência das Partes III, o Protocolo de Kyoto.
De forma simples, esse acordo buscava estabelecer metas para que países reduzissem a emissão de gases do efeito estufa (GEE).
Entre as alternativas criadas a partir desse protocolo, tivemos a criação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
O MDL é “uma flexibilização para que a redução das emissões de gases do efeito estufa pudesse ser feita a partir de negociações – ou seja, as emissões evitadas podem compensar as realizadas”, de acordo com a Neoenergia.
Entre os projetos do MDL, temos a Redução Certificada de Emissões, mais conhecida como Créditos de Carbono.
Basicamente, os créditos de carbono representam uma determinada quantidade de carbono que não foi emitida.
Vamos entender para que eles servem a seguir.
Para o que servem os créditos de carbono e como são negociados?
Um crédito de carbono corresponde a uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) que não foi emitida.
Os créditos podem ser negociados no mercado internacional, em que cada país possui a sua legislação.
No Brasil, a regulamentação é feita através do Decreto nº 5.882, de 31 de agosto de 2006.
Como dito anteriormente, os países possuem metas de retirada de gases de efeito estufa da atmosfera. Mas nem todos conseguem cumpri-la.
Por isso, países que demonstram um balanço positivo recebem uma notificação emitida pelo MDL que garante o direito de vender os seus créditos de carbono aos países que ainda precisam reduzir suas emissões, mas não conseguiram atingir sua meta.
Por que investir no mercado de carbono gera vantagens?
Como você viu, o crédito de carbono já significa uma contribuição com o meio ambiente, afinal, uma tonelada de dióxido de carbono deixa de ser emitida na atmosfera.
Mas além disso, representam uma possibilidade para os países que não conseguiram reduzir suas emissões de gases poluentes.
Em contrapartida, os países que conseguiram manter suas emissões em equilíbrio, garantem muitas vantagens em negociações no mercado de carbono, impulsionando sua economia.
Quais são as previsões futuras para o segmento?
Segundo publicação no Valor Econômico, “a estruturação do mercado de carbono no Brasil tem o potencial de reduzir 25% das emissões do país até 2029.”
Além disso, o mercado de carbono vem se tornando uma forte tendência entre grandes empresas e proprietários rurais, que através de alguns requisitos podem gerar créditos. Sendo essa uma ótima oportunidade para propriedades que possuem florestas de gerar lucro ao comercializar esses créditos de carbono.
Agora que você conhece um pouco mais sobre esse mercado, amplie os resultados do seu negócio investindo nesse nicho de empreendimento sustentável!